Recife, 25 de setembro de 2017 - Operação de incorporação é aprovada pelas assembleias de acionistas das duas empresas e cria o maior grupo do setor elétrico no Brasil e na América Latina em número de clientes, com 13,4 milhões de unidades consumidoras.
DESTAQUES
- Foi assim concluída uma operação histórica para o Grupo Iberdrola, depois de também ter recebido a aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em um prazo muito inferior ao habitual neste tipo de transação.
A nova empresa tem participação da Iberdrola, da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e do Banco do Brasil – Banco de Investimentos (BB-BI), que detêm 52,45%, 38,21% e 9,35% do capital, respectivamente.
O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, reiterou “o compromisso da Iberdrola para com o Brasil, a primeira economia da América Latina, um país onde a empresa está operando há já 20 anos e em que investiu mais de R$ 52,5 bilhões.”
A nova empresa prestará serviços a uma população superior a 34 milhões de pessoas e contará com 13,4 milhões de unidades consumidoras.
A área de concessão da empresa ocupará 836.000 quilômetros quadrados e sua rede de distribuição terá 585.000 quilômetros.
Conta com uma base de ativos regulados de, aproximadamente, R$ 14 bilhões (3,65 bilhões de euros).
O valor agregado de rendimentos das empresas integradas durante o exercício de 2016 ronda os R$ 30 bilhões (7,9 bilhões de euros), com um EBITDA de cerca de R$ 3,6 bilhões (934 milhões de euros).
O Grupo Iberdrola concluiu uma das operações corporativas mais importantes de sua história com a incorporação no Brasil de todos os negócios da empresa Elektro Holding na Neoenergia, que já recebeu a aprovação das Assembleias Gerais das duas empresas. Previamente já tinham sido obtidas, em um prazo muito inferior ao habitual neste tipo de transação, as três aprovações necessárias das autoridades brasileiras: do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Cabe lembrar que os acionistas da Neoenergia tinham alcançado, no início de junho, um acordo pelo qual a empresa incorporaria a atividade e os negócios da Elektro, filial brasileira da Iberdrola.
Após a culminação desta operação, o presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, reiterou “o compromisso da Iberdrola para com Brasil, a primeira economia da América Latina, um país onde a empresa está operando há já 20 anos”. Além disso, destacou que “a empresa confia plenamente no futuro do Brasil” e que “boa prova disso” são seus planos de crescimento a médio e longo prazo no país.
“Em todos esses anos, a Iberdrola investiu mais de R$ 52,5 bilhões (13,6 bilhões de euros)”, ressaltou Galán. Posteriormente acrescentou: “Neste momento estamos executando obras e investimentos nos setores de distribuição, geração regulada e energias renováveis, e continuaremos investindo no Brasil. Apenas no ano passado a Iberdrola adjudicou contratos de fornecimento de bens e serviços em um valor de R$ 5 bilhões (1,27 bilhões de euros) a mais de 8.000 fornecedores brasileiros”.
A sociedade resultante – que aglutina os ativos de distribuição, transporte, geração e comercialização de eletricidade da Neoenergia e da Elektro – conta com a seguinte distribuição de acionistas: 52,45% são controlados pela Iberdrola; 38,21% correspondem à Previ, e 9,35% ao Banco do Brasil (BB-BI). O acordo alcançado entre os sócios inclui o compromisso da Iberdrola de lançar a empresa na bolsa.
Estrutura da operação
A transação é efetuada sob a fórmula conhecida como incorporação: a Neoenergia executará uma ampliação de capital que será subscrita em sua totalidade pela Iberdrola. O aumento de participação na empresa da companhia com sede em Bilbao, na Espanha, terá como contrapartida os ativos da Elektro.
Os proprietários da Neoenergia subscreveram um novo pacto de acionistas que fixa, entre outros, os seguintes aspectos: a aprovação de determinadas matérias reservadas por maiorias reforçadas; a existência de limitações para transmissão de ações da sociedade; o direito da Iberdrola de nomear a maioria dos membros do Conselho de Administração da empresa resultante e a obrigação, por parte da empresa espanhola, de canalizar todos seus investimentos no Brasil através desta nova sociedade.
Primeira empresa elétrica do Brasil
Esta operação dá lugar à maior empresa elétrica do Brasil e a um líder na América Latina em número de clientes, com 13,4 milhões de unidades consumidoras, às quais se distribuíram 54.000 GWh em 2016. Prestará serviço a uma população superior a 34 milhões de pessoas, em comparação aos 18 milhões de população da área de influência da Iberdrola na Espanha.
Sua área de concessão – 12 estados – compreende 836.000 quilômetros quadrados, face aos 190.000 quilômetros quadrados da Iberdrola na Espanha, enquanto sua rede de distribuição se estende ao longo de 585.000 quilômetros - 268.000 quilômetros no caso da Espanha.
A empresa resultante, fundamentalmente regulada, também está presente no negócio da geração eólica – sua filial Força Eólica do Brasil se dedica ao desenvolvimento e operação de parques eólicos no país – e hidráulica, com uma capacidade atribuível de 2.080 megawatts (MW) operacionais e 1.460 MW em desenvolvimento, assim como no negócio da geração termelétrica, com 530 MW operacionais.
A nova Neoenergia tem uma base de ativos regulados de, aproximadamente, R$ 14 bilhões (3,65 bilhões de euros). Caso se adicionem os valores correspondentes ao exercício de 2016 da Elektro e da Neoenergia, a empresa teria gerado rendimentos de cerca de R$ 30 bilhões (7,9 bilhões de euros). O lucro bruto de exploração (EBITDA) teria sido de, aproximadamente, R$ 3,6 bilhões (934 milhões de euros).
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