• Índice médio de reajuste, de 8,99%, foi menor que o esperado, em virtude do esforço da distribuidora e da Aneel para atenuar o impacto.
• Sem a adoção de medidas mitigadoras, a variação média seria superior a 18%.
Os consistentes investimentos realizados pela Celpe têm repercutido na melhoria da qualidade do fornecimento de energia para os mais de 3,8 milhões de clientes. Nos últimos quatro anos, o investimento total capitalizado é da ordem de R$ 2,6 bilhões. Mesmo em um ano desafiador de pandemia, a distribuidora pernambucana, em 2020, aplicou mais de R$ 720 milhões em obras de expansão, manutenção e automação do sistema elétrico. Os recursos aportados na infraestrutura energética contribuem para o desenvolvimento da economia local e atração de novos empreendimentos, ampliando a arrecadação de impostos e o estímulo à geração de emprego e renda.
A implantação de novas tecnologias está modernizando a distribuição de energia, refletindo na continuidade e confiabilidade do serviço. Como consequência, no primeiro trimestre deste ano, o índice que afere a duração média de interrupção por clientes (DEC) alcançou a inédita marca de 2,97 horas, o menor já registrado na série histórica da empresa para o período. O desempenho, em março, foi 34% melhor que o conquistado no mesmo mês do ano passado.
Os sistemas de automação repercutem diretamente na qualidade do fornecimento, uma vez que permitem restabelecer remotamente a energia. No ano passado, a empresa instalou 730 equipamentos inteligentes e implantou mais 2.560 quilômetros de novas redes de distribuição. Além dos investimentos operacionais, a Celpe também apostou na capacitação profissional e na primarização das equipes de campo, substituindo mão de obra terceirizada por pessoal próprio. Uma das iniciativas do projeto de internalização é a Escola de Eletricistas, que tem como principal objetivo incentivar a formação na área técnica da empresa e oferecer oportunidades de trabalho.
Além das ações de melhorias do serviço, a Celpe atua para a obtenção de uma tarifa justa para os clientes. Nesta terça-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu o processo de Revisão Tarifária da Celpe e definiu as novas tarifas de energia elétrica para Pernambuco. O índice médio de 8,99% foi menor que o projetado em razão de todo o esforço da distribuidora, em entendimento com a Aneel, para atenuar o impacto para os consumidores. As medidas adotadas para beneficiar os clientes foram realizadas respeitando as regras regulatórias e garantindo a segurança jurídica dos contratos.
Contribuíram para a redução do reajuste o uso dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base do PIS/Cofins, pleiteado pelas distribuidoras. Esses créditos seriam mais à frente revertidos aos consumidores. No entanto, a Celpe aceitou antecipar com a finalidade de reduzir o índice de revisão tarifária neste momento de pandemia. A renegociação de custos de transmissão e a reversão dos valores transferidos para a distribuidora de recursos da chamada Conta Covid também impactaram na redução. Sem a adoção dessas medidas de mitigação, o índice médio do reajuste para os consumidores seria superior a 18%.
O reajuste incide de forma diferente para as classes de consumo. Para a baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o efeito médio será de 8,01%. A variação percebida pelos clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 11,89%.
Aos consumidores da Celpe classificados como baixa renda, o impacto do reajuste será ainda menor, de 5,94%. Desde o início da pandemia, a Celpe inseriu na Tarifa Social de Energia Elétrica mais de 150 mil famílias pernambucanas. O benefício concede desconto de até 65% na conta de energia dos clientes classificados com baixa renda. Com uma estratégia inovadora, a companhia passou a realizar o cadastro de forma proativa, por meio da consulta ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Atualmente, a Celpe contabiliza mais de 1 milhão de famílias cadastradas no programa.
COMPOSIÇÃO TARIFÁRIA – Na composição da tarifa, a parte que compete à distribuidora apresenta o menor impacto. Considerando uma conta de R$ 100,00, por exemplo, R$ 41,90 são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) representando R$ 36,00 do total da conta de luz. A distribuidora fica com R$ 22,10 do valor pago para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos.
Os novos valores entram vigor na próxima quinta-feira (29), mas o consumidor só irá perceber essa variação nas faturas recebidas no mês de maio.